terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Tudo tem o seu lado bom, o lado ruim e o lado pior ainda. Duvida? Então lá vai:




Lado bom: sua filha arrumou um emprego.
Lado ruim: ela virou garota de programa.
Lado pior ainda: todos os seus amigos são clientes dela.

Lado bom: essa filha diz que ta ganhando dinheiro.
Lado ruim: ela vai reformar a casa
Lado pior ainda: agora ela sustenta a casa, e te deu um carro zerinho.

Lado bom: sua esposa deixou de falar com você.
Lado ruim: ela quer pedir o divorcio.
Lado pior ainda: ela é advogada.

Lado bom: seu filho teve a primeira transa.
Lado ruim: foi com empregada, e ele pegou AIDS
Lado pior ainda: você transa com ela sem camisinha toda a semana.

Lado bom: sua sogra morreu.
Lado ruim: sua esposa chora sem parar há dois meses.
Lado pior ainda: ela vai construir uma estatua no seu quintal em homenagem a ela.

Lado bom: você passou no vestibular.
Lado ruim: você perdeu o prazo de inscrição.
Lado pior ainda: Era a quinta vez que você tentava para medicina.

Lado bom: você arrumou uma namorada
Lado ruim: ela já foi namorada de todos os garotos do colégio.
Lado pior ainda: ela ta grávida e diz que o filho é teu.

Lado bom: a sua namorada é fiel.
Lado ruim: Ela antes de namorar você era garota de programa.
Lado pior ainda: ela precisa retomar a profissão para garantir o sustento do lar.

Lado bom: você ganhou na mega sena
Lado ruim: na comemoração você rasgou o bilhete.
Lado pior ainda: você está na mão de agiotas.

Lado bom: sua esposa teve um filho.
Lado ruim: ele não se parece com você.
Lado pior ainda: é a cara do seu melhor amigo.

Lado bom: sua mulher decide emagrecer para ficar bonita.
Lado ruim: o personal treiner dela é um negão saradão.
Lado pior ainda: era o antigo namorado dela de infância por quem ela foi perdidamente apaixonada.

Lado bom: você virou deputado federal.
Lado ruim: Você foi pego num esquema de corrupção
Lado pior ainda: ninguém vai te proteger e você está sendo procurado pelo povo.

Lado bom: você joga na seleção brasileira.
Lado ruim: você acaba de perder um pênalti na final da copa do mundo.
Lado pior ainda: a Argentina é a campeã.

Lado bom: você vai viajar durante um ano pelo mundo de graça.
Lado ruim: sua esposa que levar a mãe dela.
Lado pior ainda: ela te odeia e fala sem parar.

Lado bom: você foi promovido.
Lado ruim: a empresa faliu.
Lado pior ainda: só sobrou você para pagar o salário atrasado do ex-funcionários.

Lado bom: seu chefe te adora.
Lado ruim: ele vai a sua casa toda semana.
Lado pior ainda: toda vez que você fica na firma trabalhando até de manhã.

Lado bom: seu filho começou a sair para a farra.
Lado ruim: ele só sai com homens.
Lado pior ainda: ele é gay.

Lado bom: você comprou um apartamento novo.
Lado ruim: ele está com risco de cair.
Lado pior ainda: você já pagou 80 mil à vista e a firma que construiu fechou as portas.

Lado bom: sua mulher deixou de assistir novela
Lado ruim: ela só vive saindo com as amigas agora.
Lado pior ainda: ela estourou o seu cartão de crédito

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Quando dorme a razão, monstros são produzidos



(frase de goya em um de seus quadros.)

- Uma ode a razão, proclama a sombra

A razão algo que é cultuada por tantos e é o arcabouço de vários discursos inflamados o próprio Lincon usava seus argumentos retóricos imbuídos de racionalidade para estimular o exército a cada vez que ele esmorecia na guerra de secessão. Mas a minha pergunte surge quando pergunto, os soldados usaram a razão, tal como Lincon usou para convencê-los?

A idade média é conhecida como a idade das trevas, a falta de luz a falta de racionalidade, mas seria realmente uma idade onde a razão inexistiu e foram proclamados feitos desprovidos de substância?
O racionalismo veio e construiu uma época em que tudo que não fosse razão não merecia crédito, tudo tinha uma explicação. Isto serviu para a quebra dos valores católicos que homogeneizavam a política, a cultura e as ciências. Com o simples fato de crença você poderia ter a explicação de tudo. Porém a razão é algo que pode explicar tudo? A razão tem esta preocupação de explicar tudo?

Guerras no mundo surgiram, ditadores ascenderam e foram depostos e a racionalidade se mostrou a personagem não principal, mas fundamental na configuração de todos estes tempos.
Cada vez que a razão cochilou monstros foram produzidos: o grande monstro católico da idade média; o grande monstro Leviatã do absolutismo; o grande monstro ditatorial fascista ou comunista; a grande besta-fera do racismo, o grande monstro do consumismo; o grande monstro do ódio e intolerância.
Todos estes episódios formam a demonstração de que basta não dormir, mas apenas um cochilo da razão que surgem personagens querendo se aproveitar deste momento. Porém a cada vez que a razão foi despertada e provocada surgiram soluções, a maioria das vezes pontuais para nossos problemas. A solução para o fim do absolutismo foram as revoluções burguesas embuídas de uma racionalidade de que aquele regime não mais favorecia aos seus anseios, e cheios desta racionalidade convenceram o povo para alcançarem seu triunfo.
A racionalidade é uma faca de dois gumes, tanto serve para o bem, quanto é uma arma dos que se dizem do bem para fazer o mal.
Porém não podemos deixar de trazer a tona um personagem que é diretamente influenciado por estes fluxos: o povo.

O conceito de povo ou a massa povo, é figura célebre que demonstra o estado de racionalidade de uma geração. Percebemos isto na idade média e o comportamento desenvolvido por eles; ou até nos tempos atuais com todos crentes numa racionalidade para o bem do planeta se esforçam na diminuição da poluição do planeta. Não é racional? O mundo se continuar assim será destruído! Será?

O coerente de observar é que a cada época de falta de razão sucede uma com um culto a racionalidade, e até na própria falta da racionalidade ela é operada para sustentar as bases do mal. Hittler usava de suas verdades para convencer, Mussolini, Luis XIV todos eles sabiam que defender seu ponto de vista e convencer o povo de sua racionalidade.
A cada época de falta de racionalidade vem outra com racionalidade.o absolutismo consolidou suas bases numa falta pontual de racionalidade do povo em relação a argumentação política. Hittler mostrou para a Alemanha sua tese racional, mas o povo não foi racional.
Esta nossa época demonstra uma racionalidade ou falta de racionalidade? O que importa é que mudanças estão surgindo e quando há mudanças é sinônimo de que alguém está pensando. Foi assim ao longo dos tempos e continuará sempre assim...?

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Os poetas estão morrendo


Os poetas estão morrendo

Os poetas estão morrendo
Estão usando terno e gravata
E protocolando documentos

Os poetas estão morrendo
Não escrevem poesias
Suas palavras também não são de amor

Os poetas estão morrendo
Estão nas filas de emprego
Ou nas repartições públicas
Recebendo Honoris causam
Pelo trabalho do mês.

Os poetas estão morrendo
Chegam tarde em casa
E não escrevem
Acordam cedo
Vivem na correria

Os poetas estão morrendo
O ser, a pessoa, o nome
Coisa simples, coisa perdida.

Os poetas estão morrendo
Satisfeitos com suas vidas burocratas
E seu status operandi
Vivem bem, escrevem mal
Os poetas estão mortos.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Ideologia,é necessário uma para viver?






É um marco teórico recorrente, principalmente quando surgem criticas a postura que se vem traçando nos jovens que comporão a sociedade, o fenômeno da despolitização ou falta de ideologia destas pessoas.

Primeiro ponto entender ideologia em seu sentido lato como algo que vem antes de determinado ato. Por exemplo, quando você vai abrir a boca para emitir sua opinião sobre determinado fato você vai argumentar em prol daquilo que defende, acredita ou estudou, pois bem, tudo isso faz parte de uma gama de conhecimento que pode ser denominado ideologia. Acreditar, defender e propor.
Segundo ponto, não estou fazendo nenhum tratado científico ou algo para defender qualquer corrente ideológica.

Ideologia é o que move o mundo? O que fez a Rússia virar socialista foi o fato de algumas pessoas acreditarem numa forma de pensamento. O que fez a Alemanha virar nazista foi o fato dos alemãs daquele tempo acreditarem num ideal.

Então ideologia é algo anterior a qualquer atitude (consciente?) de uma pessoa. Neste ponto estaria dizendo que ideologia é algo racional que acreditamos e, porque não, defendemos.

Porém pode uma ideologia nos cegar, este algo anterior a nós, que determina nossas atitudes pode nos determinar uma visão de mundo sempre marcante por uma linha que pode simplesmente simplificar o fato por aquela forma de corrente que defendemos. Isto é prejudicial porque não é possível enxergar nada a sua frente que sua ideologia não permita, os fatos são ou não são concordantes com sua forma de visão, se são estão certos, se não são, estão errados. Só assim posso explicar a guerra entre muçulmanos e cristãos; socialistas e capitalistas.

Fenômeno pior é o da falta de ideologia, uma cegueira que é complicada de se tratar pois é difícil a pessoa se dizer sem ideologia; estas pessoas são mais fáceis de serem ludibriadas por correntes oportunistas pelo simples fato de não terem uma posição coerente sobre suas atitudes são facilmente convencidas de um ponto que desconhecem, pelo fato de não terem capacidade de reflexão sobre este novo pensamento.

Ideologia é algo bom, muito bom. Viver com um ideal, acreditar, lutar por um marco. O que não deve ser defendida é a ideologia cega que leva ao autoritarismo e endeusamento de uma das várias formas de se enxergar o mundo.

Quando Cazuza profere: ideologia, eu quero uma para viver! Ele estava vivendo um momento de apatia e enfraquecimento de uma corrente ideológica que era a socialista e a “vitória” do capitalismo uma outra corrente que coisifica as pessoas que são de seu sistema tornando-as irracionas, sem saber que estão proferindo uma ideologia e vivendo um estilo de vida posto, às vezes que não é o seu. Então nada mais natural seu pessimismo por ver as pessoas se desiludindo sem perspectivas. Pois o que alimenta uma ideologia é o fato de existir outra oposta a ela, sua função é derruba-la, provar que a sua é melhor. E quando consegue, o que resta? A luta acaba? Não acaba, mas perde sentido até que outra surja, ou a vencida volte para contrapor novamente.
Não quero definir as ideologias como ideologia boa e ideologia má. Não. Mas salientar que das duas posso tirar várias formas de ver o mundo, todas elas corretas e erradas, dependendo do referencial. Para mim a corrente X emite uma verdade válida, para você Y e até a negação de verdade é uma forma de seguir algo, seguir a descrença.

Quando Bertoldt Brecht profere o analfabeto político, ele diz não só a sua forma de pensamento, mas também uma crítica a apatia de vivenciar a política, de enxergar que o mundo ao seu redor, este mundo de crises, continua e sempre continuará a ter diferentes formas de pensamento que o levarão a um fim. Ele condena não só a apatia, mas a inércia, a fraqueza, o orgulho de bater no peito e dizer: “sou alienado e pronto.”
Alienação é isto que causa a cegueira de querer ver só seu pensamento, e a de negar todos os pensamentos. Alienado é simplesmente um ser cheio de si, mas que desconhece o mundo que o cerca.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

prefácio


Compreendo que durante muito tempo falei em alto falante que queria ser escritor e que com isso comovi muitas pessoas ao meu lado para que acreditassem comigo neste sonho. Pois bem, me considero um escritor. Não profissional, mas o escritor de nossos casos humanos mais simples e sinceros que não precisa de pomposidade nem de muito trabalho para ser o que é.

Sei que muitos viam em mim um sonho pessoal a se realizar e uma confiança tremenda no jovem que se mostrava brilhante desde muito cedo em sua vida. Acontece que por quase um ano joguei fora o que eu tinha de mais precioso em minha vida, algo que sempre prezei e aproveitei para o enriquecimento próprio, o tempo. O meu sagrado precioso foi desperdiçado por eu não sentir mais vontade de sentar, mas não sentia por estar mergulhado num mundo do qual eu me joguei e sabia dos riscos assumidos, o risco de perder minha verdadeira identidade. E agora me encontro extremamente atarefado, preciosamente ocioso e sem produzir nada que preste por longo tempo. Mas este tempo acabou, tenho conseguido reencontrar uma alegria de escrever novamente, me encontrar e me sentir em cada linha e palavra que escrevo, sentir meu toque, minha essência em cada palavra, mesmo solitária sinto a carga que a motivou.

Embora jovem em corpo, soou velho, muito velho em espírito. Não dos velhos rancorosos mas do velho cansado e poético que não tem muito o que fazer além de ser feliz por estar produzindo algo que gosta, embora poucos o vejam.

Por isso afirmo que não supunham que serei o escritor que ganharei mundo, serei ou adorado. Não é isso que move a pobre alma que vos escreve, mas um profundo sentimento de estar se transcrevendo e se complementado com cada palavra que escreve. Não se busca títulos quando se faz algo por amor, e se tratando de arte quem pensa no projeto de vida capital acaba por estragar sua obra por completo e
trasnformá-la num grande lixo de baboseiras.
Por isso, sinto feliz em estar voltando a ser quem sou, quem era. O caminho é ainda longo e as curvas me assustam. Mas desistir, no meu caso, é deixar de viver da forma que gosto. Escrever transpassa qualquer emoção que me comove. É um mundo meu que posso brincar de Deus, mas que tenho consciência que não sou, sou apenas mais um dentre tantos escrevendo uma reles história.

Não posso ter a honra de chamá-los de leitores, mas posso chamá-los de amigos. Leitor é algo para alguém como Saramago, eu sou um dentre tantos. Portanto amigos, sei que assim posso considerá-los porque se porventura meus livros forem lançados aos poucos, tal qual o modelo que vocês possuem em seus e mails ou algo parecido, sei que será de extrema felicidade que vocês relatarão o caso a pessoa mais próxima e a quase todos que um cara um diante presentiou com um volume, simples e humilde . Um ainda desconhecido mas que para você era a certeza que um dia seria alguém que valeria a pena guarda este exemplar.

Para estes confio e confiarei alguns escritos.
Para mim confio as palavras
Para o resto confio a esperança.


MARCELLO BORBA ARAQUAN BORGES

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Manifesto ao século XX


Eu protesto! Protesto contra o século XX, eu protesto contras as pessoas do século XXI.
Eu protesto como quem quer arrancar sangue dos parasitas por pura provocação. Eu protesto para que parem de masturbações intelectuais.

O que eu quero? Eu quero um novo mundo, eu quero novas idéias, eu quero uma nova concepção de arte, porque a do século passado não me agrada mais. Onde está a marca de nosso século? Ainda não existe?
Porque ainda cultuamos os deuses do século passado? Todos grandes mentes mas a contribuição deles por mais que seja grandiosa não deve servir de mela mostra para toda uma sociedade eternamente como se fossem supremos, geniais e intocáveis. Não! Eu quero mais! Quero ver alguém desafia-los, destruir suas hipóteses, criar, destruir transformar. Pronto talvez não precisemos humilhá-los por serem do século anterior, mas podemos transformá-los para nosso século.

Pare. Isto não é um manifesto progressista que acredita que cada momento histórico é uma evolução a algo melhor. O que quero é uma mudança. Não agüento mais ter que falar do século XXI me referindo ao século XX. Eu preciso ter minha identidade. Como não terei? Só porque sou filho do século XX? Não! Eu protesto! Se dele sou, mas dele não sou seu escravo, quero o livre pensar. A livre distinção. A busca inconstante por algo que jamais saberei explicar, mas não me acomodarei em buscar exemplos no passado.

Onde estão os grandes gênios deste século? Estão parados! Ouvindo grandes clássicos do século anterior, lendo grandes livros do século anterior, debatendo pensam, então do século anterior, somente!
Eu digo não! Acordem! Venham viver o século de vocês, onde está nossa identidade? Onde? O que marca este século XXI?
Nada?
Nunca, jamais. Não quero forçar uma identidade, mas quero acordar o grande urso que está hibernando.
O grande urso cultural do homem, que está hibernando e copiando, quadros, músicas, poemas e filmes.

Sou contra as cópias, contra a pirataria cultural.
Vive a originalidade e o intercâmbio de idéias. Sim isto é sadio. Isto é construtivo.
Chega de prisões e de amarras. Sou livre, sou pensante!

C'est

Tua presença, assim,
tão perto de mim
(que bom é poder
te sentir por alguns
minutos, ou
algumas horas).

Olhar nos teus olhos;
sentir teu cheiro
embalar meu sentimento
nesse teu jeito

Meus deus,
e como estou
nem sei se de fato é algum amor
mas morro
como se sentisse esta dor.

sábado, 9 de maio de 2009

sinto muito mas ultmamente ando oculpado e não consigo ter tempo para postar nada.
em breve: uma poesia que iz esta semana
minha analise sobre o cine pe
uma opiniao acerca de algo politico
bjus e ate uam proxima

sexta-feira, 24 de abril de 2009

O preconceito nosso de cada dia


Certo dia, numa bela manhã ela se acorda. Como todos os outros dias. Troca sua roupa, ajeita seu cabelo. Mas, de forma maquinal ela senta-se na cadeira. Não irá sair de casa, não porá os pés na rua. Ela é proibida de pisar na rua. Está sobre prisão domiciliar.

Os guardas somos todos nós. Ela não pode mostrar quem ela é e mesmo que queira, seremos pretensiosos em lhe negar o poder da fala pelo simples fato de a pré-julgarmos incapaz por não fazer parte de nosso padrão estético. Ela é feia. Não merece a vida.
Mas imbuída de uma vontade e uma simplicidade, ela fura nosso cerco. Escapa de nossa prisão. Os feios devem ficar escondidos, ninguém deve notá-los. E sabendo que possui um talento incomum, tão raro e tão singelo que bastaria uma palavra para que soubéssemos que ela é genial.

Mas os ouvidos não escutam: “todos estão surdos”.
Ela que vivia numa prisão igual a de Quasimodo. Na verdade não é só ela. Mas todo mundo que não está dentro dos moldes pré-estabelecidos, vive preso. Vive preso em sua consciência, aprisionado em seu eu que diz: você é fraco,você é incapaz, você não pode, você é feio.

As pessoas te apontam, as pessoas riem, dizem: você é incapaz de tudo. Por quê? O silêncio impera, mas você sabe porque, lá no intimo. E seu coração chora. Você se pergunta: por que? Por que não sou igual a eles? ( não é?) por que sou inferior? ( é?)
De fato o fracasso nasce com essas pessoas, não o fracasso que eles se entregaram, mas que o mundo vos entregou e pré-determinou na testa dos feios: fracassado!

Mas ela furou o bloqueio. Foi apontada, foi ridicularizada, foi atestada de fracasso e ninguém nela acreditou. Nem eu nem você acreditaríamos... Quem? Ela? Talento?
A pobre cegueira de hipocrisias que invade nossos sentimentos é inefável.
Pois então, faz o silencio. “ vamos ouvir esta gorda feia, depois despachamos. Somos legais, somos democráticos e não somos preconceituosos.”
Daí então alguém ouve ela de verdade. Não com aquele ouvir de caridade como olha com pressa e a vontade de sair deste lugar. Mas o ouvir admirado, que bela. O ouvir consternado. A vergonha de ser hipócrita e a certeza que você é que é o fracassado. A emoção de mera pena, pena por ela só ter este talento para mostrar.

Somos humanos somos assim. E ela? Ela sobreviveu, ensinou e saiu de pé, chorou no fim é verdade. Mas quem não choraria? Não sou fracassada!

Somos todos iguais, somos homens. Olhamos o exterior como a capa do interior. Apreciamos o belo frasco antes de compra-lo ou ter interesse em furtá-lo. Os feios ficam na prateleira. Quem quer? Ninguém, lógico. Ninguém porque somos seres incompletos e mesquinhos. No dia que não formos assim, se este dia chegar, seremos humanos de verdade, e não este conjunto de máscaras prontos para sorrir de aprovação na beleza; e chorar e rir e desprezar o feio.


MARCELLO BORBA ARAQUAN BORGES

terça-feira, 21 de abril de 2009

Que venham muitas crises


O mundo se modifica com as crises. Crise não é algo necessariamente ruim, como muita gente acha. O mundo estava em crise quando ocorreu a revolução francesa, o mundo estava em crise quando houve a reforma protestante, o mundo estava em crise quando houve a semana de arte moderna. Sei que existem diferentes conceitos para crise, e as que estamos passando agora é de caráter econômico, e não social ou político como expostas acima. Até as crises de caráter econômico trazem benefícios a posteriori. Porque se há crise, então algo não vai bem e depois disso há uma mudança na conjuntura que havia. Então encontramos um sinônimo para crise, mudança, revolução.
Sim após esta crise o mundo não será mais o mesmo: alguns brindam o fim do neoliberalismo; outros o fim dos EUA. É cedo para dar diagnósticos precisos sobre que efeitos serão visíveis diante este cenário, mas certamente o mundo não será como agora. E isto é bom?

Momentos de crise aguçam o lado criador do homem. Parece que o homem precisa de um impulso para produzir, e as crises em geral são acompanhadas por uma explosão de novas idéias, cientificamente falando e culturalmente falando. Alguns dizem que o momento de letargia vivido pelo mundo nas últimas décadas favoreceu o seu empobrecimento cultural e que a decorrência disso é uma apatia nas produções. Como se nada de realmente bom ou inovador houvesse surgido.
Se olharmos para a musica tem muita coisa boa surgindo, mas também há muita porcaria que merece o lixo do esquecimento. Creio que há mais porcaria que algo bom, inspirador e inovador. Teríamos uma proporção de 8 para 2 se assim formos quantificar. Na literatura, também vemos um fenômeno parecido, poucos dos novos escritores encantam, são bons de verdade. A grande maioria vende milhões de livro com um livro e após isso desaparece como se a fonte tivesse secado. E uma crise no momento de agora, pelo menos para mim, parece propiciar uma quebra de paradigmas e valores que certamente irão se refletir na arte em geral. Não só na arte como na política, economia, e na sociedade como um todo.
Uma balançada assim para fazer o grande urso gordo e preguiçoso da humanidade acordar para produzir e ser autocritico de sua posição neste cenário.

Um exemplo que trago é a faculdade que estudo. Ela tem um passado glorioso que enche de imaginação quem estuda lá. Mas seu presente é desolador. Não se vê produção de muita coisa, não se vê muitas discussões. O máximo que se vê são indivíduos traçando seus projetos pessoais sem preocupação ou consciência de que existe um mundo que os rodeiam e que é preciso fazer algo de proveitoso nesta passagem pela vida além de encher a cara, ganhar dinheiro e fazer muito sexo.
Não sou saudosista com o passado. Sei que nada é 100% perfeito em conjuntura nenhuma da históri, mas seria ingenuidade minha querer comparar a produção artística e cultural da humanidade atual com de algumas décadas passadas. Seria no mínimo querer quantificar uma projeção que faço na teoria.

Fica ai as indagações, reflexões e esperanças para que o futuro seja melhor do que agora. O que nós podemos fazer para isso? Eu não sei muito bem, já tentei fazer algumas coisas, mas ainda não obtive resultados plausíveis. A questão é que agora me encontro sentado, na frente da maior tecnologia do século 20, escrevendo num blog para que no máximo 2 pessoas leiam e após isso vou espionar a vida alheia no orkut.
Muito revolucionário isso não?
É o grande problema é a inércia e comodidade, está tudo muito fácil. Uma crise vai abalar o sistema e nos fazer movimentar de verdade. Eu clamo por isso, antes que ganhe peso e fique com preguiça de sair da frente do COMPUTADOR.


MARCELLO BORBA ARAQUAN BORGES

domingo, 19 de abril de 2009

O MST, 14 anos de um massacre e a manipulação da imprensa.


A constituição brasileira, se assim eu recorrer ao meio formal garantidor de nossos direitos, diz que a propriedade irá atender a sua função social. É um termo muito vago, que não define muita coisa, apenas abre parâmetro para discussões sobre legitimidade e suposições sobre que função social é esta. Afinal, termos vagos, e não é de hoje, abrem precedentes para diversas interpretações, e juristas e cidadãos mal intencionados revolvem para si o uso e expressão de tal vaguidão.

O MST surgiu há 25 anos, ou seja, cinco anos antes da vigência desta nossa atual constituição, o que deveria levar a um exercício de raciocínio: “se há 25 anos a constituição não assegurava a propriedade para seu fim social, então a luta do MST tinha coerência. Então, cinco anos depois, a constituição assegura este direito. Então, não há porque lutar”. Ai está o engano, existe uma diferença entre garantir um direito subjetivo e este direito ser de fato cumprido. O fato da constituição assegurar e 20anos após sua efetivação, ainda não efetivar a função social da propriedade em termos satisfatórios transforma a lutado MST como uma luta válida de concretização de direitos pré-estabelecidos. E toda sua pressão, invasões, seria nada mais que a voz da sociedade clamando por justiça. Enquanto existir concentração de terras, haverá injustiça.

Há 14anos houve o massacre de Carajás, numa de suas invasões à propriedade privada, o MST sofreu uma retaliação do órgão que geralmente é o único que chega ao pobre, o órgão repressor, o braço armado policial. Desde então, nenhum dos acusados está preso. Todos, eu disse todos, aguardam julgamento em liberdade. O Estado democrático tem suas falhas e injustiças, e todos nós sabemos que a justiça é lenta, morosa. Mas existe algo mais que explica esta morosidade judicial. Não estou, com isso, questionando a existência do Estado democrático, mas usando de um argumento retórico irônico de que se o Estado é democrático, onde está a real democracia quando os interesses dos poderosos estão em jogo?

Não é de hoje que criticam a forma de luta do MST, chamando-o de braço armado paramilitar; ou de baderneiros; ou de assassinos. Porém, recentemente se viu com clareza a marginalização do grupo frente às autoridades competentes e a imprensa burguesa. Foram assassinados quatro pistoleiros, seguranças de uma fazenda. O MST agiu em legitima defesa, sei que nada justifica o assassinato, também sei que há 14 anos o MST espera por justiça pelo massacre de Carajás e nada apareceu. Porém, em pouco espaço de tempo querem a prisão dos culpados a extinção do movimento, e “a volta da paz”.
Foi visto que a imprensa tem um papel decisivo, não é a toa que é considerada o 4° poder. Imprimiu matérias incisivas contra o grupo, caracterizando-os de assassinos e que deveriam sofrer punição encobrindo a veracidade de muitos acontecimentos. Logo a sociedade civil, a manipulada, ou interessada politicamente na extinção do MST, proferiu sua opinião em favor da matéria e de uma punibilidade urgente. Desde então o MST vem sofrendo uma perseguição feroz. Mas com o caso de Carajás é lembrado, e quando é lembrado, na forma de flash rápido, sem nenhum clamor por justiça.

O que venho aqui pedir é muito simples: o julgamento dos assassinos de Carajás, o julgamento dos culpados pela morte dos pistoleiros e acima de tudo a real efetivação da função social da propriedade. Porque com isto, diminuiríamos a marginalização social e a desigualdade vigente. Não sou tão utópico a ponto de afirmar que tudo estaria resolvido, existe muita coisa a ser feita, além disso. Mas este último pedido meu será impraticável na sociedade de hoje, porque há, acima de tudo, a garantia constitucional da propriedade privada. Isto não é ruim, porém, neste interesse estão os reais detentores do poder no Brasil. O povo, na democracia do jeito que está, é um mero coadjuvante na escolha. O voto é, em muitos casos, a legitimação que damos para que eles continuem no poder, dando o aval de que nós os escolhemos. É verdade, escolhemos, mas no estágio de miséria e exclusão social, quem vai pensar com a cabeça e não com a barriga e o pescoço na hora de votar?

Por tudo isso a luta dos movimentos camponeses é justa, não só a do MST, basta de injustiças.


Marcello Borba Araquan Borges

sexta-feira, 17 de abril de 2009

O que é o amor? parte II


Existe o amor. Existe o amor mesmo ele sendo multifacetado em diversas formas, é possível encontrar suas diversas expressões, porém não é possível defini-lo. Camões dizia: “é ferida que dói e não se sente”. Que dor é esta então? Como defini-la? Pior é quando ele completa: “ é um contentamento descontente”. ???? O que seria isso Meu Deus? Claro que esta forma de amor que ele está falando não é a forma de amar os pais, os amigos, e sim o amor que para muitos é o única motivo para a existência humana. Como não se impressionar com Vinicius que casou 9 vezes à procura de um grande amor. Ele amou todas, mas não amou para sempre. O amor é um fogo que surge e consome, e no fim deixa cinzas. Mais uma definição. Mas nunca haverá um consenso? Cada um sente de uma forma diferente, sente?
Que seria tudo isso, as palavras de Camões e o sentido de cada?
Casais que vivem juntos 40 anos, seria isto amor? Comodismo? É um caminho onde há mais perguntas do que respostas e qualquer palavra, é mero concretismo inanimado.

O amor surge de sua forma mais simples, despertado por algo que não sabemos definir. Mas é algo que impulsiona, devora, deixa sem sentido. Se sentir bem estando ao lado de alguém, tão bem que podemos dizer que é a melhor coisa de nossas vidas. Quantos já cometeram loucuras, ao sentir isso pela primeira vez, nem digo pela primeira, mas pela décima. Quem não gosta de imaginar que está sendo lembrado, ou amado(a). Alguns dizem que há fluidez, eu diria que há loucura. Lógico não há amor se não há loucura, impulso. Fazer coisas que você jamais faria. Cada século tem uma expressão dessa loucura, faziam-se serenatas, compravam castelos, construíam tumbas lado a lado, faziam poesias, ficam sem comer, declaram-se doidamente no meio de centenas de pessoas, morrem juntas... Shakespeare em Romeu e Julieta descreveu um amor tão belo, tão jovem tão sincero que deixa qualquer um perguntando, fizeram certo se matando? Amar é fazer coisas que você não faria, mas tem pessoas que exageram, ultrapassam as , mas só por isso estão erradas?
É vasta nossa literatura, é vasta nossas vidas de exemplos de pessoas, de casais jovens passeando abraçados, de mãos dadas. E não só isso, nos lençóis a total entrega de um sentimento. Mas o que é amor? O que é amar?
Ninguém sabe? Ninguém saberá?
Amar e ser amado(a).
Sofrer, quem ama sofre. Sofre nos momentos de separação, de não poder mais sentir uma alegria, de lembrar dos momentos que foi feliz de forma tão singular e pessoal. Amar é sofrer porque nem sempre a pessoa amada corresponde. Amar é viver porque a vida ganha sentido. Quem nunca amou sofre, sofre porque não sente, não sentiu o que é ser feliz assim.
Dor, sofrimento e tragédia, andam juntos com felicidade, paixão e leveza.
O que é amor? o que é amar? Não sabemos, sentimos. É alegria sem ser alegria. É viver sem viver. Amor é um sentimento, nada mais, nada menos que os seres vivos expressam quando gostam de alguém.
marcello borba borges

segunda-feira, 13 de abril de 2009

O que é o amor? parte I


O amor não existe. O que existe é um sentimento de posse no qual as pessoas exercem por seus bens, no caso a pessoa "amada". Esta frase justificaria os ciúmes doentios, os assassinatos e transformação de carater que passam algumas pessoas após levarem um pontapé na bunda! Não é de hoje que isto ocorre, é um processo tão antigo quanto a odisseia de Homero. Shakespeare tratou de forma trágica o ciúme doentio de Otelo, que se dizia apaixonado por sua esposa.

Não existia paixão, o que existia era apego a carne e o prazer que ele tinha de ser Mouro, mas casado com um branca. Além de um sentimento de posse, é um sentimento de superioridade que ele perderia se ela o deixasse. Matou-a, não só ele, mas muitos outros que se diziam apaixonados.

O caso de Bentinho santiago, de Dom Casmurro. Ele ainda garoto se apaixona por uma garota linda, casa-se com ela. Mas ao ver seu Moral sendo jogado à prova, uma crise de ciúmes se instala nele e todo aquele amor pueril se transfora em uma propagação de calúnias e impropérios.


Saindo da ficção e chegando a vida real não é muito diferente. O processo de conquista é muito seco, primeiramente os homens escolhem suas mulheres se são bonitas ou não. Eles não olham carater, ou inteligência ou se será boa mãe. Olham a bunda, os seios, o rosto e o cabelo. Necessariamente nesta ordem se o cara for brasileiro. Se for aprovada começam a se apaixonar se não for, esquecem-na. Talvez até namorem um dia, mas não será uma paixão, haverá tido uma consessão.

O jogo do amor, na verdade, é um processo de escolhas, os mais fortes( belas) sobrevivem. Não pensem que sou machista e acho que o homem é quem determina uma relação; as mulheres também olham a primeira vista com interesse, os delas são na mesma linha. O que percebemos é que a primeira olhadela de ambos é um julgamento e naõ há paixão à primeira vista; isto é uma literatura enculcada em nossas cabeças para que acreditemos na bondade de um ser que é puro instinto de procriação. E se você homem acha que manda, esqueça. quem dá a voz final é sempre a mulher. Você pode até gostar dela, mas ela tem que dizer: sim, ou não.

Mas, não se assustem. Nos tempos de sua tataravó era pior. Não havia nem essa pré escolha carnal. Os casamentos eram arranjados e, muitas vezes, as pessoas se conheciam na noite de nupcias. E vários casais viveram uma vida toda, se eram felizes não importa. o que importa é que não houve amor e esta é minha tese.

Hoje em dia, com a modernidade e tudo sendo liberal demais, o amor não passa de um mero conjugamento de corpos. Pessoas passam 2 anos ou três anos juntas e já era. Estou sendo otimista, tem amores que duram uma única noite. O que as pessoas dizem é que achei que ela fosse uma coisa mas com o tempo descobri que era outra. Mais um ponto que comprova 0 que estou dizendo. As pessoas se olharam e gostaram da aparência, transaram, mas com o tempo não gostaram do carater do outro acabaram e partiram pra outra. Há quem fique junto e case por amor e fique feliz mas este caso é EXCESSÃO E NÃO REGRA, APRENDAM ISSO.

O amor é apenas um uso retórico que os homens usam para ganhar suas presas e que as mulheres usam para sonhar.

O que importa, na verdade, é a volupia e a efervescência, o resto é mera literatura.


MARCELLO BORBA

domingo, 12 de abril de 2009

SONHO DE UM PECADOR


Eu vi aquele homem pregado na cruz
Prego nos punhos, nos pés...imóvel estava,
Sangrando gota a gota o calvário da humanidade
Esse homem era Jesus.

Eu o vi de longe
Com a face mais limpa de serenidade.
Como quem não sofresse um único segundo de dor
Na angustia da morte.

Eu senti que ali estava aquele que
Salvava a humanidade
E do vinho do seu sangue
E do pão do seu corpo
Comem os homens os pedaços de um ser
Que era homem!

Mas então que ele sussurra uma frase
Baixa a cabeça e morre
Sei que morreu porque
Naquele momento tudo estremeceu
E a vida de um mortal
Cheia de símbolos até na hora da morte
Ganha um significado: ressurreição!

Desceram seu corpo decrépito e
Duas mulheres-elas sempre são fortes-
Choram por aquele corpo sem vida
Uma delas pega-o no colo e com um olhar
Que só uma mãe pode ter aperta-o profundamente
A seu ventre
Como se quisesse quede lá saísse novamente.

Não pude me aproximar
Tive medo!
Tenho medo da morte!
E ver ali, alguém sem vida
É um tanto quanto temeroso.

Me afastei aos poucos
E a cada passo me vinha a imagem dele:
Hora na cruz, hora no chão, carregado sem vida.
E sem esperanças, fraco de minhas forças
Perdido em labirintos fortuitos de pensamentos
Fiquei em casa três dias.

Até saber que o homem, feito de carne, osso e sangue voltou a viver.
Não como homem, mas como espírito
E para o lado do pai voltou.

Eu desabei, chorei, retomei minha força e esperança
E por fim, sussurrei: aquele homem era Jesus.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

CURSAR UMA "FALCULDADE"


“Faça seu curso em menos tempo.” Ganhe tempo, o mercado de trabalho não está para brincadeira.” “ o preço que voc~e pode pagar”.
Há uma invasão de slogans desse tipo pelas grandes cidades brasileiras, que são de “faculdades” particulares que estão tentando vender seu peixe.

As faculdades particulares estão ingressando com veracidade no mercado dos diplomas. É muito vantajoso abrir uma instituição de ensino superior. Sem preocupações didáticas maiores do que se fosse um colégio, as faculdades particulares encontraram um terreno fértil no atual cenário brasileiro, onde perder tempo é dinheiro e seu futuro. E a universidade pública é perca de tempo, como dizem.
Tal fenômeno de ensino superior privado teve sua fomentação na preocupação do Brasil em aumentar seu IDH de forma maliciosa. Pois para os que não sabem, um dos índices do IDH é o numero de universitários. Ou seja, não importa que faculdade o importante é estar nela.
Cursos como Direito, administração e alguns das áreas de saúde que são o sonho de muita gente são os mais oferecidos pelas universidades e mais procurados pela população.
O grade paradigma que temos é a qualidade destes cursos, visto que houve um aumento exponencial no número de faculdades, sem uma devida fiscalização de seu incremento e o reflexo disso serão pessoas mal formadas.
Existem sim muitas faculdades particulares boas, mas a grande maioria e as que fazem a maior publicidade e facilidade são as de menor qualidade.
Faculdades que oferecem cursos em menos tempo, ou aparentemente fáceis, levam uma boa quantidade de estudantes esperançosos em ganharem seu diploma e ganharem tempo frente aos outros, mas ledo engano.
Os cursos de direito, por exemplo, estão injetando na sociedade um quantidade grande de bacharéis mal formados, que erram coisas simples de legislação e ortografia. Algumas oferecem ate algumas cadeiras on line!

É extremamente preocupante o cenário que se forma, mas tudo isso é um mero reflexo de que o ensino público superior não consegue absorver a demanda estudantil, e os que sobraram ou não podem pagar bons colégios para ingressar num ensino público superior acabam tendo que recorrer a muitas faculdade de pé-de-escada.

Qual será o cenário do futuro? É impossível prevê-lo, mas a certeza é de um IDH mais alto, mas sem uma qualidade de fato de nossas instituições.
A esperança que temos é que as leis da natureza atuem novamente e que os mais fortes sobrevivam e as universidades que são apenas oefrecedoras de diploma e não se preocupam com a formção do estudante sejam engolidas. Mas se isto ocorrer, teríamos um cenário parecido ao que ocorreu com o ensino público fundamental: a decadência do ensino público e uma explosão de colégios particulares que absorveram a demanda de quem pode pagar por um ensino melhor.

O que não significaria uma melhora substancial, mas o reflexo de nossas políticas públicas de melhorar o ensino. O que, talvez, poderia nos alertar, mas seria tarde demais.


MARCELLO BORBA BORGES

sábado, 4 de abril de 2009

Entrevista com Drummond:




R: olá Drummond, como vai? O que fez você virar poeta?
D: Quando nasci um anjo torto desses que vivem nas sombras disse: “ vai Carlos ser guache na vida.” Então virei poeta, destino cruel.
R: você tem alguma recordação boa de sua infância?
D: Meu pai montava a cavalo, ia para o campo. Minha mãe ficava sentada cosendo.
R: Bem, mudando um pouco de assunto. Vamos entrar em economia. Por que o senhor acha que o Brasil parou de crescer?
D: No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho.
R: e esse políticos, mensalão, acórdão, sanguessuga. Como o senhor define isso?
D: Quadrilha! Zé indicava Dirceu, que falava a Valdomiro, que aconselhava Valério, que falava a Roberto que dizia a lula que não sabia de nada. Zé ninguém nunca mais viu, Dirceu foi cassado, Valdomiro tá em acordo,, Valério perdeu os cabelos, Roberto virou cantor e Lula continua sem saber de nada.
R: O que devemos fazer para mudar isso?
D: precisamos redescobrir o Brasil!
D: Mas por quê?
D: o Brasil está dormindo, coitado.
R: R o senhor gostaria de ser político?
D: Não.
R: Por quê?
D: Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo.
R: Soube que você tinha uma amante, logo você um poeta. Ora porque Drummond esse caso extraconjugal? Você parecia ser tão calmo.
D: Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, não direi os suspiros ao anoitecer...
R: Você não gosta muito do futuro, mas então, o que mais te dá saudade?
D: Havia jardins, havia manhãs naquele tempo!
R: e o que o senhor acha que como deve ser o namoro de hoje em dia?
D: Hoje beija, amanhã não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será.
R: Eita desculpe seu Drummond, acho que perdi os papeis que tinham as outras perguntas. Vou procurar, espere um pouco tá?
D: e agora José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora José?
R: Preciso ir lá no camarim, você me espera?
D: sozinho no escuro qual bicho do mato, sem teoria, sem parede nua para encostar, sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha, José! José, para onde?
R: pronto voltei. Qual o conselho que você daria para quem está começando?
D: não faça versos sobre acontecimentos. Não há criação nem morte perante a poesia, diante dela, a vida é um sol estático, não aquece, nem ilumina. O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.
R: você parou de escrever, por que? Não diga que é por que você está morto, pois Brás cubas foi um defunto autor.
D: por que não serei o poeta desse mundo caduco.

domingo, 29 de março de 2009

Os defensores do povo e os direitos humanos na América latina( uma visão da guatemala)


Os defensores do povo e os direitos humanos na América latina
A ineficiência do Estado na proteção dos direitos das pessoas, principalmente as mais pobres, frente a administração pública e em contrapartida a não efetivação dos direitos sociais, levaram alguns paises da América central e sul da Europa a buscar na instituição escandinava o OMBUDSMAN, órgão, ou “pessoas” que tentam limitar a arbitrariedade administrativa, os “ defeitos da administração”. A função do ombudsman é de fiscalizar a atividade administrativa. A sua finalidade é obter um desenvolvimento correto da atividade administrativa e a tutela dos direitos dos administrados.
É um órgão eficaz para a proteção não apenas dos direitos civis e políticos, mas também dos direitos econômicos, sociais e culturais. Mas não só isso, na América Central emerge como uma instituição do estado que defende os direitos humanos da sociedade civil. Mas também vale salientar a sua conjuntura histórica para os paises da América central que vivem uma transição entre regimes autoritários para regimes democráticos[1] e a atuação do ombudsman é de fundamental importância para defender os direitos do cidadão comum, visto que pela própria deficiência do estado democrático e pela dificuldade de se estabelecer um governo democrático em países tão marcados pelo autoritarismo, um órgão que busque fiscalizar o Estado e lutar pelos menos favorecidos é, na verdade, um dos pilares da manutenção do Estado democrático. Ele não deve realizar uma atividade neutra ou de pura arbitragem, pois se assim for, os tribunais formais estão ai para isso, a atividade dele deve comprometer-se com a defesa dos cidadãos e na garantia de seus direitos.
O que se busca obter é que se atendam aos interesses dos habitantes que se modifiquem as atividades administrativas viciadas, ineficientes e excludentes, para que a sociedade participe como agente do controle social, promovendo com isso uma cultura de participação.
Fica importante deixar claro que a função do defensor do povo não é apenas denunciar, mas abrir processo, investigar e resolver litígios, de acordo com evidências. Sendo necessário para tanto o respeito das autoridades perante suas decisões e a publicidade de seus atos frente a mídia. Vemos com isso que relaciona-se intimamente com a função do processo, que é a pacificação social. É antes de tudo para evitar ou eliminar conflitos entre pessoas, fazendo justiça, que o Estado legisla, julga e executa[2].
Mas o Estado, como dito antes, é insuficiente para garantir o que propõem e portanto, surge o Ombudsman, usando dos moldes do estado e do processo para garantir a efetivação dos direitos desrespeitados.
Outro ponto que não podemos deixar de abordar é a do ombudsman sozinho mudar toda uma conjuntura fortemente arraigada em moldes pré-determinados e altamente excludente. Tendo em vista suas limitações porque ele atua em uma determinada parte de um processo social, e a sociedade não é só isso: existe a questão financeira, o extremo estado de pobreza que vivem muitas pessoas é um pressuposto para a incoerência ainda existente do Estado democrático mas que o ombudsman não pode resolvê-lo sozinho. A precariedade do ensino às pessoas, que leva ao processo de conscientização, de uma identidade cidadã de que ela possui direitos. Por mais que existam os ombudsman mas se não houver interesse, ou consciência do ofendido em procurá-los não poderá haver respeito ou efetivação de direitos ofendidos. Mas a manutenção desta estrutura é favorável a quem está no poder, pois usando dos parâmetros democráticos, como o voto, para buscar a legitimidade do governo das elites e prometendo aos desfavorecidos migalhas. O aumento da violência que muitas pessoas associam ao regime democrático, por haver liberdade, e muitos setores acusam os ombudsman de defender delinqüentes, mas como é sabido não defendem a delinqüência, ao contrário, atuam na defesa da ordem democrática e do respeito a lei[3].

Concorre a isto que nestes países que saíram de um regime ditatorial e a democracia foi impetrada nos moldes neoliberais que acreditavam que os entraves sociais se resolveriam pelas leis de mercado, funcionou para a manutenção do “status quo” e do aumento da marginalização. Sabemos que as leis de mercado não mudam situação social nenhuma, se não houver uma preocupação estatal em tentar ajustar seus entraves não é a mão invisível do mercado que o fará. E esta mudança de mentalidade está acontecendo, atitudes que visem a melhor estruturação dos menos favorecidos, mas caminha a passos lentos por conta de toda uma conjuntura historicamente arraigada, como exposto acima.



citações:


[1] Esta transição do autoritarismo para a democracia também foi vivenciada pela América latina. Aqui e mais basicamente no Brasil houve também uma procura na diferenciação de conjuntura para a efetivação de princípios democráticos salvaguardados pela constituição. A corrente do direito alternativo seria um tipo de ombudsman daqui. Com uma nítida diferença: aqui tenta-se a solução dos litígios e entraves do estado, tendo em vista a ineficiência do próprio, e o direito alternativo seria um outro direito proposto, o direito achado nas ruas. O direito feito pelo povo e do povo sendo regulado. O ombudsman é parte do Estado, mas totalmente independente do governo, trabalha para o estado e é salvaguardo da constituição, portanto não há uma ruptura ou implementação de outro modelo, mas uma tentativa de no mesmo modelo buscar a aplicação de direitos.
[2]PELLEGRINI, Adda Grinover. Teoria geral do processo. Editora Malheiros, 2009. pg 47
[3] É o mesmo que acontece com os defensores dos direitos humanos aqui no Brasil. Muitas vezes são motivos de piada levando nome de defensores de bandidos e sendo marginalizados nos tribunais que freqüentam por estarem defendendo os direitos de cidadãos comuns e não de pessoas de dinheiro.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Cada um no seu quadrado


A influencia da igreja católica é ainda muito latente no Brasil. O estado é laico porém na nossa cédula está escrito: “Deus seja louvado”; na constituição: “ ... promulgamos, sob a proteção de Deus...”nos tribunais temos a cruz sob a cabeça dos juizes. Enfim, mesmo sendo oficialmente laico a influencia religiosa é imensa. O problema mesmo não é a existência da religião, muita gente precisa ter fé em algo para poder sobreviver a cada dia, o problema é quando a questão de fé e crença intervém na política, nas decisões jurídicas e nas questões sociais de forma incoerente e autoritárias, renegando a constituição dos que os cerca.
A igreja católica é firme em seus comentários e definições e, muitas vezes, tal posicionamento não reflete o atual estado que se encontra a sociedade. É no mínimo ser genocida visitar a África e conclamar para que as pessoas não usem camisinha. A áfrica é uma campeã de AIDS e seus governos estão tentando diminuir tais indicies: educando o povo no uso de preservativos. Vem o Papa, um ente que se diz representante de Deus na terra, e com isso, impondo seu ponto de vista do mundo, impondo seus dogmas.
A fé é uma questão de aceitação, é diferente de conscientização que é uma questão de educação. A monogamia em muitas regiões da áfrica é algo que não pertence a sua cultura, impor a cultura da monogamia, uma cultura nitidamente ocidental crista é no mínimo desconsiderar fatores importantes na constituição da pessoa africana. Tal como ocorreu na catequização indígena.
O uso da camisinha é uma medida no mínimo coerente, pois não choca com a cultura, respeita e propõem uma continuação de preceitos.

Outro fato que choca e mostra o retrocesso dos pensamentos católicos foi o fato do Bispo de Recife e Olinda ter excomungado a criança de 9 anos por ter abortado e os médicos por terem realizado este ato. Católicos dizem que foi genocídio o aborto. Eu digo que primeiro: desrespeito maior foi com a criança que foi estuprada, sofreu uma violência sexual e teve com isso alguns de seus direitos fundamentais dirimidos. Segundo, genocídio seria deixar levar esta gestação seguir. Uma garota de 9 anos não possui constituição óssea, nem tampouco hormonal para suportar uma gestação. Ela poderia morrer, e junto dela seus dois filhos. Poderia não, era quase certeza que a gestação traria mais danos que qualquer outra coisa. Terceiro, a gestação é algo delicado, mulheres saudáveis às vezes abortam por complicações internas, ou morrem na hora do parto, quem dirá com uma garota de 9 anos. Um risco incalculável.
Além de contraditório, o posicionamento da área religiosa foi totalmente incoerente com a atual formação social, com o Estado e com a criança. Eu concordo que aborto é caso de saúde publica, algo que deve ser discutido, debatido e evitado. Mas não posso impedir uma mulher que foi estuprada de escolher o futuro de sua vida e dos entes que carrega.
A atual formação social não comporta mais imposições retrogradas como: faça sexo com fins de procriação, seja monogâmico, e quem não seguir estes preceitos será excomungado. A igreja sempre se mostrou como uma pedra na roda da história, seus posicionamentos sempre foram marcas de séculos anteriores ao que ela estava vivendo. A posição deles hoje é uma posição muito bem aceita na idade média, mas é de total incoerência com esta sociedade. Não proclamo a putaria, pegue quem quiser. Eu proclamo a liberdade de escolha, faça o que quiser a vida é sua e arque com suas consequências. As informações foram dadas, os riscos foram mostrados, quem quiser vá, quem não quiser não vá.
E no Brasil, um estado laico, independente de preceitos religiosos: seja católico, evangélico ou judaico. A religião não pode ser a mola mestra da sociedade como um todo, cada um é livre para ter a religião que quiser e fazer o que bem entender. A influência religiosa retoma a época que os monarcas tinham que ter a benção do papa para governar. Isso acabou, como também deve acabar a influência religiosa nas decisões cientificas( células tronco), políticas e sociais.
A intervenção na ciência calou Galileu no passado, a influência política calou as decisões políticas que eram incoerentes com princípios cristãos. E agora pergunto, a influência na sociedade vai acabar com a humanidade?

segunda-feira, 23 de março de 2009

conjugação astral


com a lua em vênus e o sol em marte, a conjugaçao das estrelas alfa e gama influencia na dosagem dos efeitos alcoolicos, então digo que hoje: segunda-feira é um dia bom para plantar morangos: STRAWBERRY FIELDS FOREVEN!

hoje to sem saco para postar algo

quarta-feira, 18 de março de 2009

Sentir



Ah como é bom sentir este amor
Dentro do peito:
Clamando, sentindo, esbarrando desejo.
Vivendo, cantando, sorrindo, amando...
Como pé bom

Fracos e fortes
Pobres e ricos
Quantos podem sentir
O que sinto?

A essência se eleva
O espírito não está em lugar nenhum.
A mediocridade some
E os desejos ganham outra conotação.

Que vontade...
Que vontade de te ver
Nem que seja de relance.
Não é para acalmar meu peito
Mas para elevar ainda mais
A chama que me consome.

Que vão desejo
Que grande ternura.
Minha alma cabe dentro da tua
Minha essência
Não vale sem vir da tua

entrevista com Manuel Bandeira


Repórter: olá bandeira, como vai?
Bandeira: vou-me embora pra pasárgada!
R: calma, nem comecei a entrevista.
B: mas vou-me embora pra pasárgada, pois lá sou amigo do rei...
R: eu sei, eu sei. Mas explique-me a sua poesia.
B: eu faço versos como quem morre.
R: hum, profundo. Existe algo que ao longo de sua vida você não pôde fazer?
B: bem... Quando eu tinha seis anos não pude ver o fim da festa de são João porque adormeci.
R: por que você gosta tanto de pasárgada?
B: lá eu tenho a mulher que quero na cama que escolherei.
R: o que fez você se chatear com o Brasil?
B: estou farto do lirismo comedido. Do lirismo bem comportado, do lirismo funcionário público com livro de ponto.
R: e como você avalia a sua vida?
B: a vida inteira que poderia ter sido e não foi.
R: e o que você acha do Brasil atual?
B: febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos.
R: e você foi namorador? Ou só ficava na poesia?
B: beijo pouco, falo menos ainda. Mas invento palavras que traduzem a ternura mais funda.
R: e o mundo: guerras, fome, morte... Qual seria a solução para tudo isso?
B: a solução é dançar um tango argentino.
R: sobre a juventude de hoje qual a sua análise.
B: enfunando os papos, saem da penumbra aos pulos, os sapos...
R: e o recife. Como você vê o recife?
B: recife morto, recife bom, recife brasileiro como a casa de meu avô.
R: e aquela cena de cicareli na praia, o que você acha?
B: foi o meu 1°alumbramento.
R: alguma última frase que deseja falar?
B: finalmente vou-me embora pra pasárgada. Aqui não sou feliz. Em pasárgada tem tudo é outra civilização.

segunda-feira, 16 de março de 2009

e o pós modernismo?

S
O O
C Ã
I Ç
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D L
A O
D V
E E

E
M
E
E D
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D
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N
C
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A

sexta-feira, 13 de março de 2009

o fim da poesia


no dia que a poesia acabar

pode decretar o fim do mundo

porque não haverá quem cante

quando o sol raiar;

a mulher chorar;

ou o galo cantar.


no dia que a poesia acabar

teremos um único motivo

para viver:

ressuscitar a poesia!

pois ela morta

leva consigo o que temos de humano

leva nossa emoção.


no dia que a poesia acabar

é o fim dos romances

das loucuras

das aventuras

da solidão....

não há bomba que cause

mais efeitos que o fim da poesia

pois a poesia fala da bomba

mas a bomba não pode falar da poesia.


no dia que a poesia acabar

é porque não há um só ser humano

não há uma só caneta

o homem necessita de poesia

não para viver

mas para escolher

entre a solidão, o amor

ou as lembranças


no dia que a poesia acabar

somente neste dia

é que nada fará mais sentido.

domingo, 8 de março de 2009

mané gostoso e a nova forma de se pensar música.

Quando todos pensávamos que a música estava perdida e que o manguebeat seria o último movimento cultural que pernambuco seria o expoente eis que uma nova esperança renasce, a banda mane gostoso reúne: cultura, poesia, arte e música de qualidade.
Seria deveras injusto não classificar assim uma banda que mal tem um ano de existência com uma média de idade de 19 anos.
Não que acho que a idade influencie na criação musical, mas as pessoas não costumam dar ouvidos aos que os jovens fazem, mas eu aconselho: abram bem os ouvidos, preparem a imaginação porque esta banda vem para ficar.
O que falar do show que ocorreu na semana Manoel Mattos, foi no mínimo espetacular. Nas palavras de um amigo meu, Carlos Padilha: “ Marcello, essa banda é profissional.”
Concordo com ele, conheço o processo de criação de todas as letras, as angustias e o que significa e vê-las ali no palco, com alma, foi no mínimo a passagem de um filme na cabeça.
Sinto não ter podido dar para a banda um show de 3 horas para que mostrassem a arte completa, mas o pouco que foi possível tocar deu para perceber o que é boa música. Bom artista não precisa de muito para mostrar para o que veio, mas apenas de um violão e duas músicas, o resto é apenas protocolo.
Mas o que esta galera pensa? O que eles querem para a música? Eles têm um manifesto cultural?
Esta galera pensa em fazer música boa. A música para eles é uma expressão cultural, uma expressão de Pernambuco. Eles não precisam de manifesto cultural a música fala por si só.
Inevitável meu caro, um dia eles serão grandes, tão grandes que os verei pelas “zooropa”, Ny, por ai. Ganhando o mundo, mostrando novamente a diversidade, a pluralidade e a genialidade da cultura de Pernambuco e principalmente o que ela tem de excelente.
Eles dizem que eu sou bom escritor e bom poeta, meu ego não me permitirá nega-los, somos amigos é bem verdade.
Mas dessa vez sou eu que preciso dizer: vocês são a arte.

domingo, 1 de março de 2009

poema cinico







No mundo não há



nem nunca ouve uma só guerra.



Os homens não disputam territórios,



pessoas, ou poder.



Todos sabem conviver pacificamente com as diferenças.






No mundo nunca ouve uma só guerra



nunca ninguém atacou pelas costas,



nem foi desonesto.



Sempre fomos



sempre seremos



um produto do bem.



Sempre fomos



e sempre seremos



a esperança do homem






No mundo nunca ouve uma só guerra.



os sangues que rolaram,



as cabeças que cairam,



as bombas que jogaram,



as pessoas que morreram,



os tiros de canhão,



sao todos pordutos de um



desvario coletivo



uma alucinação de alguns que contaminaram



todos



um engano, um acidente



que vazou.






Digo e repito:



neste mundo nunca ouve uma só guerra



o que chamam de guerra



é a paz



mas a paz nunca existiu.









sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

soma

A+B=AB
B+C=BC
A+B+C=ABC
A+B+C+D+E+F+G+H+I+J+K+L+M+N+O+P+Q+R+S+T+U+V+X+W+Y+Z= LINGUA PORTUGUESA

ROCK+ MPB+LITERATURA=MARCELLO BORBA

ROCK=PINK FLOYD

MPB=CHICO BUARQUE

LITERATURA=JORGE LUIS BORGES

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

a nobre arte de ser escritor- parte II ( O POETA)


O poeta

O poeta tem que ser inútil.
Saber coisas inúteis, ter idéias inúteis,
Ter uma vida fútil.
O poeta tem que ser burro, não saber nada.
Para a poesia rolar, girar, viver.

Imagine uma poesia sobre física.
Seria insuportável, intolerante.
O poeta não precisa se formar.
O poeta não precisa de curso algum.

Imagine se Bilac escrevesse sobre soluções químicas?
Seria ainda pior!
O mundo tem um sentido, tem uma dinâmica,
Mas não precisamos disso.

O poeta tem que ser um vagabundo sem camisa,
Um total Zé ninguém; escrever na rede.
O poeta é um poeta. Alguém igual
Ao vento: passa, sentimos e só.

Ter o poder de ser imortal, imoral.
Cabem as letras o papel de atravessar os tempos.
Poetas existem? Vivem? Morrem?

Somos todos poetas, somos todos inúteis.
Ainda sonhamos, ainda cremos.
Temos um motivo para viver.
Mas só o verdadeiro poeta tem um motivo
Para morrer,
Aos poucos, com cada palavra,
Cada verso,
Cada frase.

A nobre arte de ser escritor- parte I


Escrever é uma arte, desde um bilhete avisando que chegará mais tarde à um livro. Tudo o que envolve palavras é arte, pois a criação das palavras já foi um processo criativo do homem e suas derivações, as palavras, frases e orações, por que não, chamar-mos de arte? Eu as chamo assim: minha arte.
Ser escritor envolve emoção, muita emoção. Basicamente é isso, sem emoção para sentar na cadeira e se aventurar a juntar palavras não existe escritor. Quem sentar para escrever por escrever, sem emoção nenhuma de apreciar o que escreve, sem perceber os jogos que faz com as letras, perdoe-me, mas este não se chama escritor, pode ser tudo, mas escritor não. A mente é sempre um campo fértil onde qualquer fenômeno, casual ou não, desperte neste ser uma vontade imensa de pegar um lápis correr a um papel e registrar seus sentimentos, suas impressões. O escritor é um ser angustiado por causa disso, sempre tem o que registrar, o que sentir, e quando nada ocorre fica angustiado porque nada ocorre, nada toca na sua alma, e isto o frustra, o fato de não mais tecer idéias na qual possa chamar de arte sua!
É muito peculiar tudo isso, você não percebe, acontece de forma tão natural que quando você vê, as palavras já dominam sua vida. E não adianta forçar: “ quero ser escritor, quero ser escritor!” nada sai na força, da obrigação nua e crua, tudo é processo de cultivo e aprimoramento que o tempo irá respondendo. Agora, existe sim uma tal de força de vontade e um impulso que move principalmente os escritores que estão iniciando e que sairão do amadorismo, mas não confundir com força de obrigar, se martirizar a escrever algo, quando na verdade, o melhor a fazer é ir ler um bom livro e relaxar a mente.
Não sou muito adepto do papo de que existe inspiração divina, ou talento natural. Isso é a maior ofensa que um escritor pode ouvir, por mais egocêntrico que ele seja, você dizendo isso está desmerecendo as noites de sono que ele perdeu, as milhares de páginas que ele rasgou e teve de refazer buscando a perfeição e primazia da palavra e da arte; as horas que ele perdeu lendo outros escritores, estudando, refletindo e acima de tudo: os dias que ele perdeu vivendo. Escrever tem muito disso: vida! A vida do escritor permeia sua escrita, e reduzir o bom escritor a inspiração divina é no mínimo reduzi-lo a um mero produto do acaso o que não é verdade. Machado de assis, Borges, Drumond, Bandeira, Cortazar, Sartre, Baudelaire todos dedicaram horas até aprimorar sua escrita, e até já possuindo um norte literário estes ainda assim produziam suas artes de forma emocional, criativa, explosiva e inovadora tudo a custa de muito trabalho, cuja angustia nunca era saciada.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

EU SOU PSEUDO-INTELECTUAL!!


Bebi muito na fonte dos grandes escritores, tanto que fiquei três dias de coma alcoólico. Mas foi bom, existem males que vem para o bem.
Antes mesmo de dar meu 1° beijo já tinha lido Machado de Assis, Millôr e Nelson Rodrigues, e falando em Nelson, qualquer garoto que lê-lo entra em crise de existência, ele disse uma vez: “ um homem tem que nascer com 30 anos natos. Um garoto de 18 anos mal sabe dar um bom dia a uma mulher".
Vai ver ele tem razão, quando dei meu 1° beijo a garota já era professora, e nós tínhamos a mesma idade.
Realmente a mulher amadurece primeiro que o homem, é a vida! Mas voltando aos escritores....
É muito fácil criticar a literatura nacional e a latina Americana dizendo que elas estão acabadas e mortas. Qualquer pseudo-intelectual acenderia um cigarro e com o olhar nostálgico lembraria os nomes do passado: “ ah Bandeira, Borges, naquele tempo é que era bom...”
Concordo em partes, muitos bons escritores morreram e não surgiram outros para substituí-los a altura, ou pelo menos superá-los, porém existem outros que não morrem porque se morrerem sabem que para surgir um outro com 10% de seu talento levará umas 90 décadas. Neste exemplo se enquadra Millôr, o genial. Ele viu tantos nascerem e morrerem e por medo se conserva ainda vivo....
Mesmo assim a nossa literatura é muito boa, temos grandes escritores e grandes clássicos, desde Machado a literatura evoluiu muito, só não evoluiu mais porque um tal de Charles Muller resolveu chutar uma bola num campo e tirou nossos jovens poetas das salas de aula e os botou para suarem a camisa aos domingos. Dúvida? Já ouviu o Romário dizendo: “ o Pelé calado é um poeta”!
Se calado é um poeta, imagine escrevendo. Mas como diz a célebre frase: “o mundo gira, o mundo é uma bola”, perdemos um poeta e ganhamos três copas do mundo com ele. O que vale mais?
Na Argentina temos uma das literaturas mais sólidas e com grandes escritores do mundo, ouso dizer que a nossa perto deles se encontra no final do ensino médio, enquanto eles se encontram no 2° período de faculdade.
É triste eu sei, mas culpe Charles e não a mim. Pelo menos somos penta e não bi.
O escritor Jorge Luis Borges, que é um dos grandes mestres da literatura é Argentino, quem lê-lo se perguntará se este cara é humano, mas adianto logo, é Argentino.
Alguns podem gritar: “ ei seu comunista, nós temos Machado de Assis!”
Realmente temos Machado de Assis, e ele é bom escritor realmente, mas fora ele podemos citar ao longo de 100 anos no máximo algumas dezenas de bons escritores. Não digo que fazem sucesso, mas com qualidade.
Sim, antes de qualquer coisa, não gosto desse papo de quem é o melhor escritor, ou os 10 melhores livros da literatura mundial, qualidade literária não é possível de se medir em números. Estou apenas comparando a nossa literatura com a dos hermanos( não o Los Hermanos) e afirmando que eles possuem mais qualidade, só isso.
Só pelo fato de termos 1 Paulo coelho teremos uns 100 anos de atraso intelectual...
E afinal, do que estou falando aqui? Na verdade nada.
Estou apenas usando o exercício retórico que ando aprendendo aqui na casa de Tobias, ( grande Tobias!!) e jogando alguns conceitos literários aprendidos ao longo dessa vida. Na próxima falaremos mais de arte, agora foi apenas uma apresentação típica a que você encontra em a Hora da estrela, de Clarice Lispector:
Macabéia:
-oi ?
Olímpico de Jesus:
-oi !

obs: a foto de caetano é meramente ilustrativa, se você lembra bem, Diogo Mainardi o chamou de pseudo-intelectual de miolo mole. Então, é lógico que não poderia perder a piada.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

extremo


ser extremista não é vantagem
você enxerga o outro lado da rua
mas, pelo simples fato de ser radical
não quer nem passar por lá
só por ser o lado de lá

e, talvez, seja por medo
de se olhar no espelho
e ver traços que você
combate em segredo

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A maré de esquerda na América latina


( O medo da direita)

A imprensa fala com arrepios da maré de esquerdismo que assola a América latina: Chavez é um monstro, Evo um futuro ditador. Quando se referem a tais governantes só retratam o aspecto negativo de suas medidas, ou, exageram a noticia para criar alarde.
O fato é que o continente foi assolado, principalmente depois da metade do século XX por ditaduras direitistas sanguinárias patrocinadas pelos EUA, no auge da guerra fria; ditaduras que coibiram a expressão popular e denegaram a maior parte da população-humilde- à mercê dos fatos políticos e na sarjeta dos direitos sociais.
Ocorre que, nestes países uma esperança veio surgindo, a esquerda proclamou mudanças, propôs melhorias e se caso chegasse ao poder diminuiria a enorme desigualdade social existente. Foi assim em todos estes países: Brasil, Bolívia, Chile, Venezuela, Paraguai, Peru, Equador.

A imprensa burguesa tem medo, tem medo que esta maré não acabe, tem medo mais ainda de que a esquerda cumpra o que prometeu, e caso isso ocorra é a pior derrota que o direitismo poderia levar.
Vamos analisar um caso: a Bolívia.

A Bolívia é o país mais pobre da América Latina, com a maior desigualdade social do continente e se formos somar todos os golpes militares que sofreu desde a sua independência há quase 200 anos, teremos quase 97 anos de ditaduras. Isso mesmo, 97 anos. Ou seja, o país mais pobre e mais desigual é o fruto extremo do conservadorismo excludente. A população encontrou esperança de mudança naquele rapaz, com cara de índio simpático: Evo Moralles, ele é para a população humilde do país a última esperança que resta.

No início do mês recebo uma notícia de arrepiar o cabelo: Evo acaba com o analfabetismo na Bolívia. Antes que os direitistas de plantão conclamem: (ah isto é ilusório, quantos analfabetos funcionais não existem ainda neste país?), vou ponderar que este foi o primeiro passo, milhões de pessoas que não sabiam nem assinar um nome, nem ler o mais simples bilhete agora podem desfrutar deste prazer. A alfabetização continua, pois esse foi o primeiro passo de uma grande mudança no país. Podem se sentar conservadores.

A Bolívia não conseguiu isso sozinha, ela contou com a ajuda da Venezuela e de Cuba, sim Cuba. Cuba foi um exemplo quando se tornou o primeiro país da América latina a abolir o analfabetismo, e o método que deu certo em Cuba foi transferido para a Bolívia com os ajustes necessários.

E este é o maior medo que a direita tem, quando os governantes de esquerda se unem para se ajudarem mutuamente, quando eles trocam favores para o bem comum.

Mas a imprensa publicou isso? Os jornais de grande circulação falaram sobre isso? Falaram da maneira mais breve possível, como se fosse uma doença sem atenção. Agora quando é para dizer que Chavez comprou aviões, ou para mostrar a rebelião dos direitistas que querem o fim do governo Evo eles fazem uma cobertura completa. É companheiros, eles têm medo da mudança de verdade, alertam sobre fatos infimios e escondem fatos grandiosos.

E isso é com todos os países, o Brasil, por exemplo: está com um governo de esquerda no poder, um governo que está focando sua atenção na população comum( claro que o empresariado está também sendo contemplado, O pai dos pobres e mãe dos ricos.) e por isso nossas notícias também são vinculadas no mesmo esquema de manipulação.

A Colômbia, por exemplo, ela é capacho do governo norte americano, suas atitudes são retratadas como um exemplo a ser seguido. Pode reparar que seu governo é quase sempre elogiado como: o governo que está combatendo as FARC, o governo que está diminuindo a violência em Bogotá, e etc. isso é só a ponta do iceberg, não posso negar que tudo isso é louvável, é sim. Porém não é só isso, existe um investimento americano pesado, que cobra muito caro, existe uma truculência policial muito forte, mas nada disso é retratado. É apenas mostrado turistas desfilando em paz e contentes com as “mudanças”, mas não há mudança. O governo continua excludente, sem tentar mudar a condição social de milhares de pessoas, sem prestar a devida atenção a quem realmente precisa.

A Colômbia é, na verdade, um dos poucos países direitistas presentes no grande mar esquerdo, por isso suas noticias sempre são elogiosas.

O que venho aqui conclamar com este texto não é um elogio à esquerda, ou a ditadores, nem salvadores da pátria, é apenas uma análise sincera dos fatos, o que ocorre é isso.
A esquerda está mudando cada um dos países no qual estão no poder, mas nada disso é retratado, quem quer mudança social? Quem quer o povo pensando?
Todo o grande entrave que possuímos hoje é um reflexo da época das ditaduras, no Brasil foi a época que o Brasil aumentou vertiginosamente sua divida externa e a população humilde foi mais massacrada na desigualdade social e renda. O que nos vem afrontando agora, não é nenhuma imposição de articulação da esquerda mundial, é apenas o reflexo de que a população estava cansada de ser explorada por governos que não estavam nem aí para eles. E que a esquerda é a esperança de mudar algo, de melhora para o trabalhador oprimido e excluído.

Um outro fato curioso é que a imprensa quer que acreditemos que Obama é a nova face Americana, que será bonzinho e justo com todos. Não se iluda, não será. Ele é apenas mais uma face do imperialismo Americano, ele pode até ser menos ruim que os outros, mas não será diferente. A idéia de mudança, de melhorias para todos é apenas ilusória e alienante, Obama irá defender os interesses de seu país, e não do mundo inteiro. Ele é democrata, é, menos mal, os republicanos são realmente os que mais criaram guerras e são menos propensos ao diálogo, mas não esqueça, não há muita diferença entre democratas e republicanos, no fim todos são imperialistas.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

crônica sobre o mundo orkutiano


O orkut é um fenômeno mundial, o paraíso para os desocupados de plantão com chats, vídeos, imagens bonitinhas, e todo o tipo de diversão solítária. É definitivamente a "terra de ninguém", você entra no meu, eu entro no seu e fica por isso mesmo. Tem alguns que colocam bem grande: " não adiciono estranhos"; outros, " fuço mesmo por que?".Porém o orkut não é só isso não. Ele merece uma tese de doutorado em oxford, virou uma nova maneira de namorar, uma nova maneira de se relacionar, uma nova maneira de ganhar dinheiro, uma nova maneira de ser você. Duvida?Qual mulher ainda não recebeu o convinte para ser amigo de um cara estranho? E no recado estava a seguinte pérola:" oi gata te adicionei porque vi que você tem algumas comunidades parecidas com a minha; ou pior ainda , "quando entrei na comunidade, eu vi tua foto e te achei linda, me adiciona ai, nós temos muito em comum". Fala sério o que diriam nossos avós dessa nova forma de tentar namorar, e o pior, é o rapaz achar que vai conseguir alguma coisa desse jeito. Que é muito mais prático é, não tem ninguém vendo, você não precisa falar, o máximo que você pode receber é um recado indelicado, mas ai você apaga e pronto, manda recado pra outra. Tem gente pra tudo. Amigo virtual é muito bom. E quando você encontra um amigo que não via há muito tempo, é uma festa, seus olhos brilham de alegria, seu coração dispara, suas mão tremem. O primeiro recado é bem longo, é quase assim:" E ai rapaz conta as boas. Tais fazendo o que dessa vida? E a galera da época tem contato? Saudades de você! Manda noticias. me adiciona no msn +*&%$#@#@@$ abração!!!!!!!!!!!!" E para provar que o cara é mesmo importante você o adiciona como melhor amigo. Ai pronto a aflição é grande, até a resposta dele. Se for um viciado ele responde na hora, se não for, demora um dia, dois no máximo. E a resposta vem assim: " Já está aceito Amigo!!!!!!!! Pois é quanto tempo. Rapaz você mudou muito, as boas é que to na faculdade. E to por ai né curtindo essa vida. E você? Ta namorando né? Manda noticias. Abraços!!!!!!!!!!!!!!Essa conversa merece algumas observações.1° o excessivo uso de exclamações. Isso é para demosntrar alegria, demonstrar que se estivessem conversando pessoalmente ele estaria dando pulos na rua.2° o rapaz que respondeu está fazendo faculdade particular. Por que? Porque quem faz federal bota assim: To na FEDERAL fazendo.... Quem tá na particular, ou bota o curso, ou bota que ta na faculdade.3° depois dessa conversa, sabe qual vai ser a outra vez que eles vão conversar? NO aniversário de um dos dois: "Ae meu vei parabens pra vc tudo de bom!!!!!!! abraços!!!!!!!!!!" E vem a resposta, geralmente é scrap automático:" Obrigado a todos que me mandaram os parabéns, é muito bom saber que tanta gente gosta de mim. tudo d bom para vcs!!!!!!!!!!!!!"4° o rapaz que disse ta curtindo, na verdade ta trabalhando,e sem tempo pra nada.Ai pronto, essa é a amizade do futuro!Sabe outra coisa muito peculiar no orkut, é quando acaba namoro. Se o rapaz foi o corno ele bota: " CUrtindo a vida", se ela foi rejeitada bota: " Estou felix demais!!!!!você não sabe o que perdeu!!!" E depois vem as imagens, se for ele, vai botar imagens bebendo com os amigos, indo pra festas, fotos ao lado de uma garota, sem legendas, vale ressaltar. Se for ela, vai botar fotos de viagens, dela dançando com outras pessoas, dela recebendo presentes, enfim a guerra está declarada. Ai cada um tira do seu orkut os rastros e começa a bisbilhotar os recados, as fotos, as frases. E geralmente no "quem sou eu" vem sempre uma resposta, para o "ex" ; ou uma letra de musica, ou um pensamento. Se for letra de musica é alguma com "você passou, agora to em outra, vou sorrir e vencerei." Se for pensamento, na maioria das vezes é o de chaplin, conhecem? Aquele que ele diz já deu valor a quem não prestava e por ai vai.O bom mesmo são as fotos. Tem mulher que bota de biquini, pra mostrar o corpo. Tem homem que ta malhando há duas semanas e ja tá tirando foto sem camisa. Na verdade, quem é malhado, em 90% dos casos só tira foto sem camisa. O cara pensa o que com isso? Que vai arranjar mulher? Que as pessoas vão admirar?E tem pessoas que vão ao restaurante e tiram foto na frente do restaurante, para que todo mundo saiba que ele já jantou lá. E tem gente que tira foto com amigo e bota: " uma pessoa muito especial pra mim, te amo!!!!" Pode observar, todo mundo coloca a mesma frase. E tem quem viaja. Esse é bem especial, tem o pobre que viaja e o rico. Se for pobre tira foto de tudo, do seu pé na calçada de não sei onde, tira foto do hotel que ficou hospedado, tira foto do banco de uma praça fulano de tal. Rico não, tira suas fotos ao lao da familia, suas fotos em alguns locais importantes algumas cenas e só. Nada de extravagância.E tem gente que usa das frases, seu estado de espírito, "hoje não to bem. " " foi maravilhosa a festa". Tem gente que abre comunidade do tipo: " eu amo fulano" só que fulano é ele mesmo e fica fazendo disso pra saber quantos amigos tem de verdade."Entra ai na minha comu, que fizeram pra mim." E os tópico.... Cada um... " O que você mais gosta nele?" "Que mais te marcou com ele?" Uma verdadeira falsidade. Ah e tem gente que tem 900 e tantos amigos, mas na verdade só conviveu alguma vez na vida com uns 300, só conhece no intimo uns 100, e só o consideram amigo uns 50.Por hoje é só, depois escrevo mais sobre as manias que o orkut está lançando. Tem gente pra tudo nesse mundo. Comunidades de professor, comunidades que dizem sobre a pessoa, comunidades e manias. Vem mais por ai aguardem!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Tragédia na língua portuguesa


João era do tipo sujeito simples com característica oculta.
Maria verbo transitivo.
A união dos dois era uma sintaxe.

João procurava complemento, Maria objeto.
João passou a ser paciente num período,
Maria não estava de acordo com a regência.

Decidiram mudar.
João apostou numa nova forma de vida:
“Vou ser vocativo”.
Maria decidiu ser intransitiva.

Mas não deu certo. A concordância não
Estava correta, a regra é clara.

Mas um dia a frase estaria completa:
João teria seu complemento, Maria seu objeto.
Mesmo com tantas figuras os dois se uniram,
passaram a ser uma frase,uma oração.

Porém, algo terrível apareceu:
Uma vírgula separando sujeito do verbo,
Um assassinato ocorreu.

Demitiram o redator.
Desculpe as hipérboles,
Não sei se ocorreu elipse.
Nessa estória não houve ironia,
Poderia ter usado apóstrofe, mas
Não quis levar pela emoção.
Minha sorte é que não teve ambigüidade,
Portanto, é o fim com ponto final.

Entrevista com ninguém:


-Bem, o gravador está ligado, posso começar?
-Pode.
-Como você se sente sendo um total fracassado?
-Me sinto bem, obrigado.
-Como assim?
-Todo mundo sonha em vencer na vida, eu não consegui fazer nada e me orgulho disso. Fiz o que ninguém quer fazer, fracassar. Isso é uma vitória.
-Mas você não tem sonhos, objetivos, vaidade?
-Não! Isso é para tolos. Eu não sonho, meus objetivos são nenhuns e vaidade para mim não é nada. Com diria Mario Quintana: “Quem não sabe aonde quer ir, aonde chegar está bom."
-Então para quer você vive?
-Ora, eu não sei, na verdade sei que não dar para explicar. Espera um pouco. Achei uma teoria. Vivo por viver;muitas, pessoas traçam objetivos na vida: “quero ser professor, médico”, mas se essas pessoas não alcançarem o que querem entram em depressão. Eu não quero nada, tudo o que surge para mim é normal. Vivo, mas nem sei se vivo. O que é viver? Cada um tem seu objetivo, com já disse, eu não tenho objetivos, logo, vivo sem viver.
-Você não fica triste com isso?
-Lógico que não! Se não tenho objetivos não tenho fracassos e logo não fico triste nunca.
-Então, você fica sempre alegre?
-Não! Sou apenas um cara normal, se ganho algo não fico feliz, pois eu não quero nada. Felicidade só existe para quem tem objetivos e os alcança. Eu já disse, não tenho nada, não quero nada e vou morrer com nada. Isso me deixa tranqüilo
- O quê? O fato de morrer com nada?
-Também, mas o principal é que vocês que lutaram para conseguir algo vão morrer sem nada, eu que nada lutei com nada morrerei. Incrível não?
-Triste.
-Está vendo, você luta por algo, por isso fica triste.
-Você trabalha?
-Não.
-Você faz o que da vida?
-Nada.
-Como você vive, ou melhor, não vive?
-Minha mãe está viva, ela cuida de mim. Ela lava as minhas cuecas, bota meu almoço, passa a minha roupa e tudo o mais.
-Você tem namorada? Ama alguém?
-Não. Nem sei o que é o amor. Já li muitos livros, mas não sei o que é. Mas acho que não vou descobrir.
-Cara você é complicado.
-Eu? Como, se eu não quero nada?
-Deixa para lá. Você gosta de ir a algum lugar?
-Eu freqüento muito uma praça que existe perto de casa, é muito bonito lá.
-Então, encontrei algo que você gosta?
-Eu não disse que gostava, disse que freqüentava.
-Você tem amigos?
-Não. Eu conheço algumas pessoas nem sei se são amigos. Pedem-me dinheiro emprestado e não pagam. Isso é amizade, né? Bem, boa pergunta, essa fica sem resposta.
-Você não sonha com nada, não quer nada, vive para nada, o que você acha disso?
-Eu sou um poeta.
-Sabe de uma coisa, gostei de você, acho que você tem razão. A vida é muito chata. O melhor é não viver.
Não viver não envelhece, não dá preocupação, não traz nada e também não leva.
-Viu, eu tenho a razão, academia ai vou eu. Agora sim, você é um ser humano de verdade. Lutamos para um dia não fazer nada, não seria melhor nada fazer a vida toda? É muito mais prático.
-Parabéns! Você é um gênio. Você salvou a minha vida.

morre fênix

Das cinzas renasço;
Pois assim como a fênix
A morte é uma renovação.
Assim como a fênix,
Quando todos acham que morri,
Eu renasço das cinzas
Com uma nova vida
Com um novo sonho
Com mais força.

E assim serei por toda a vida:
Perdendo e ganhando,
Morrendo e renascendo
Como os dias e as noites.
Sem me preocupar com a morte que virá.
Sem me preocupar com os tolos que morrerão.

Coneb “ Conselho nacional de estudantes bêbados”

Chego a Salvador sem boas indicações sobre o funcionamento e a estrutura do Coneb, todas as referências que tive, nenhuma elogiou. Mas que mal há nisso? Estou em Salvador!

A primeira impressão foi marcante, o alojamento, os estudantes, nada parecia demonstrar um ambiente de debates estudantis, o ar dos estudantes e o ar do local era o de que em breve estaria acontecendo uma micareta, e que eu deveria estar preparado.

Minhas impressões não foram frustradas, o ambiente era de pura azaração, os estudantes estavam preocupados quantos, ou quantas iam pegar, em tirar foto de salvador e curtir as férias.

Mas vou culpar só o estudante? A grande culpada da evasão dos debates é a UNE, que ao longo de vários anos vem proporcionando um clima de festa em locais que deveriam ser pautadas coisas sérias. Ela como órgão promovedor de debates é a primeira a transformar o ambiente em uma espécie de ACAMP juvenil.

Mas não ocorreram debates? Ocorreram, o auditório era uma quadra que improvisaram um auditório; um calor infernal, o som não chegava com clareza no fim da quadra e a música que estava do lado de fora atrapalhou muito dos debates que ocorriam na sala. Vale salientar que a música era dos próprios grupos políticos, 90% das vezes da UJS.

Chamei isso de debate? Não ocorreram debates, na verdade era um vômito de informações, altamente pré-estabelecidas para que apenas engolíssemos.

Tinham salas de aula que foram transformadas em locais para debater coisas diversas da plenária principal, a idéia era mesclar os conteúdos. Porém, mais uma vez, foi propositadamente construída para demonstrar que houve um debate construtivo quando na verdade não ocorreu. As salas eram pequenas para a demanda de estudantes, os mesmo não respeitavam, entravam e saiam das salas constantemente, atrapalhando o assunto debatido.

Ou seja, tanto o auditório quanto as salas, foram ambientes de aparência, onde o debate era proposto, mas não concretizado. Mostrando bem a hierarquia estabelecida na própria UNE. Ela não quer mudança de nada, quer os alunos como gado, nada além disso.

Falando em gado, no 2º dia do Coneb foi o dia da votação sobre as teses propostas. Mas como o estudante vai votar algo que mal foi debatido?
Mesmo assim votem, gado não pensa.
Subiam os representantes de cada grupo para defender suas teses, mas de nada adiantava, só eram aprovadas teses que a UJS defendia. Eles possuíam o maior curral, e ai a votação era só simbólica, só para dar um ar de legitimidade ao pleito.

Se esse é o maior órgão que representa os estudantes, então os estudantes estão perdidos, um órgão altamente manipulador, que se ausenta dos debates e que se preocupa em fazer uma grande festa ao invés de grandes debates. Um órgão manipulado pelo governo, que por isso perdeu seu espírito combativo, indo simbolicamente aos protestos, só para tirar foto e colocar no site.

É triste ver tudo isso, é triste saber de tudo isso, ainda mais sabendo que não foi assim, sabendo que este órgão tem um passado brilhante, de combatividade e de luta. O órgão de hoje não passa de um bloco carnavalesco, e que em breve distribuirá abadares para os estudantes que irão a suas atividades, pois a festa é acima de tudo o ponto principal da entidade.

Os estudantes saem satisfeitos: “Ah foi muito bom! Daqui a dois anos estou de volta!”
Não se engane ele fala da festa, a política não existiu e pelo visto não existirá, continuará um jogo de cartas marcadas, onde a UJS manda e não favorece o debate.





Obs: o local onde ficamos hospedados não foi citado, mas não posso deixar passar em branco. O local era um nojo, faltou água um dia, a comida era pouca, quem não tivesse dinheiro para comer algo fora passaria fome, o banheiro um lixo, e os próprios estudantes contribuiram para a insalubridade do local. Vergonhoso, duvido que a presidente acampou junto com todos os estudantes, duvido!