segunda-feira, 13 de abril de 2009

O que é o amor? parte I


O amor não existe. O que existe é um sentimento de posse no qual as pessoas exercem por seus bens, no caso a pessoa "amada". Esta frase justificaria os ciúmes doentios, os assassinatos e transformação de carater que passam algumas pessoas após levarem um pontapé na bunda! Não é de hoje que isto ocorre, é um processo tão antigo quanto a odisseia de Homero. Shakespeare tratou de forma trágica o ciúme doentio de Otelo, que se dizia apaixonado por sua esposa.

Não existia paixão, o que existia era apego a carne e o prazer que ele tinha de ser Mouro, mas casado com um branca. Além de um sentimento de posse, é um sentimento de superioridade que ele perderia se ela o deixasse. Matou-a, não só ele, mas muitos outros que se diziam apaixonados.

O caso de Bentinho santiago, de Dom Casmurro. Ele ainda garoto se apaixona por uma garota linda, casa-se com ela. Mas ao ver seu Moral sendo jogado à prova, uma crise de ciúmes se instala nele e todo aquele amor pueril se transfora em uma propagação de calúnias e impropérios.


Saindo da ficção e chegando a vida real não é muito diferente. O processo de conquista é muito seco, primeiramente os homens escolhem suas mulheres se são bonitas ou não. Eles não olham carater, ou inteligência ou se será boa mãe. Olham a bunda, os seios, o rosto e o cabelo. Necessariamente nesta ordem se o cara for brasileiro. Se for aprovada começam a se apaixonar se não for, esquecem-na. Talvez até namorem um dia, mas não será uma paixão, haverá tido uma consessão.

O jogo do amor, na verdade, é um processo de escolhas, os mais fortes( belas) sobrevivem. Não pensem que sou machista e acho que o homem é quem determina uma relação; as mulheres também olham a primeira vista com interesse, os delas são na mesma linha. O que percebemos é que a primeira olhadela de ambos é um julgamento e naõ há paixão à primeira vista; isto é uma literatura enculcada em nossas cabeças para que acreditemos na bondade de um ser que é puro instinto de procriação. E se você homem acha que manda, esqueça. quem dá a voz final é sempre a mulher. Você pode até gostar dela, mas ela tem que dizer: sim, ou não.

Mas, não se assustem. Nos tempos de sua tataravó era pior. Não havia nem essa pré escolha carnal. Os casamentos eram arranjados e, muitas vezes, as pessoas se conheciam na noite de nupcias. E vários casais viveram uma vida toda, se eram felizes não importa. o que importa é que não houve amor e esta é minha tese.

Hoje em dia, com a modernidade e tudo sendo liberal demais, o amor não passa de um mero conjugamento de corpos. Pessoas passam 2 anos ou três anos juntas e já era. Estou sendo otimista, tem amores que duram uma única noite. O que as pessoas dizem é que achei que ela fosse uma coisa mas com o tempo descobri que era outra. Mais um ponto que comprova 0 que estou dizendo. As pessoas se olharam e gostaram da aparência, transaram, mas com o tempo não gostaram do carater do outro acabaram e partiram pra outra. Há quem fique junto e case por amor e fique feliz mas este caso é EXCESSÃO E NÃO REGRA, APRENDAM ISSO.

O amor é apenas um uso retórico que os homens usam para ganhar suas presas e que as mulheres usam para sonhar.

O que importa, na verdade, é a volupia e a efervescência, o resto é mera literatura.


MARCELLO BORBA

Um comentário:

  1. Discordo completamente! Há o amor sim! Não o eterno, até que a morte nos separe amém... Mas há o que nos liga, o que da sentido aos encontros, mesmo que esses durem um dia ou uma existência inteira, não importa. Essa coisa de paixão enlouquecedora, à primeira vista e tal é pra literatura, na vida há o sereno, o cotidiano, os problemas todos e dentro disso tudo o amor, sem fantasias, sem Walt Disney castelos, princesas e principes.
    Como diria uma amiga: O amor é importante porra! hahah!:)

    ResponderExcluir