O poeta
O poeta tem que ser inútil.
Saber coisas inúteis, ter idéias inúteis,
Ter uma vida fútil.
O poeta tem que ser burro, não saber nada.
Para a poesia rolar, girar, viver.
Imagine uma poesia sobre física.
Seria insuportável, intolerante.
O poeta não precisa se formar.
O poeta não precisa de curso algum.
Imagine se Bilac escrevesse sobre soluções químicas?
Seria ainda pior!
O mundo tem um sentido, tem uma dinâmica,
Mas não precisamos disso.
O poeta tem que ser um vagabundo sem camisa,
Um total Zé ninguém; escrever na rede.
O poeta é um poeta. Alguém igual
Ao vento: passa, sentimos e só.
Ter o poder de ser imortal, imoral.
Cabem as letras o papel de atravessar os tempos.
Poetas existem? Vivem? Morrem?
Somos todos poetas, somos todos inúteis.
Ainda sonhamos, ainda cremos.
Temos um motivo para viver.
Mas só o verdadeiro poeta tem um motivo
Para morrer,
Aos poucos, com cada palavra,
Cada verso,
Cada frase.
O poeta tem que ser inútil.
Saber coisas inúteis, ter idéias inúteis,
Ter uma vida fútil.
O poeta tem que ser burro, não saber nada.
Para a poesia rolar, girar, viver.
Imagine uma poesia sobre física.
Seria insuportável, intolerante.
O poeta não precisa se formar.
O poeta não precisa de curso algum.
Imagine se Bilac escrevesse sobre soluções químicas?
Seria ainda pior!
O mundo tem um sentido, tem uma dinâmica,
Mas não precisamos disso.
O poeta tem que ser um vagabundo sem camisa,
Um total Zé ninguém; escrever na rede.
O poeta é um poeta. Alguém igual
Ao vento: passa, sentimos e só.
Ter o poder de ser imortal, imoral.
Cabem as letras o papel de atravessar os tempos.
Poetas existem? Vivem? Morrem?
Somos todos poetas, somos todos inúteis.
Ainda sonhamos, ainda cremos.
Temos um motivo para viver.
Mas só o verdadeiro poeta tem um motivo
Para morrer,
Aos poucos, com cada palavra,
Cada verso,
Cada frase.
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